Monday, March 12, 2007

Momento Oswaldo Montenegro

Abaixo estão as letras de um disco muito antigo do Oswaldo, em que ele fez uma música pra cada signo. Eu e minhas amigas adorávamos esse LP (notem que não era CD) na nossa época de adolescente. Lembra Bá?. Lá em casa tem um filho de gêmeos e uma filha de peixes que geraram um filho de capricórnio. Uma confusão medonha. Lembram que eu comentei que não sou uma pessoa muito "crente", pois é, mas em horóscopo eu acredito. Vai entender!

Aos Filhos de Áries (Oswaldo Montenegro)
Áries o primeiro signo/Do carneiro apaixonado/Tem em Marte seu designo/E no fogo seu reinado/Nas estrelas seu delírio/Seu amor enciumado/Nos limites seu martírio/Seu mistério revelado/Louco signo das correntes/De emoções arrebatas/Ariana dos repentes/Explosões descontroladas/Ariana como o fogo/Nunca será dominada/Decisiva como o jogo/E a primeira namorada/Signo da sinceridade/Da vermelha cor do dia/ Signo da velocidade/Da impulsão e eu nem sabia/Que era tanta madrugada/A derramar no coração/Como a rosa serenada/Se transforma e pinga ao chão/Derretendo ao fogo da paixão.

Aos Filhos de Touro (Oswaldo Montenegro/Xico Chaves)
Topei com a estrela bailarina na rua/Dançando um rock em frente a uma vitrine toda sexy/Vidrada num anúncio de batom no vidro/Preso com durex (dura lex - sed lex)/Um carro, um vestido e um brinco de ouro/Presente de um rico industrial do signo de touro(dura lex - sed lex)/Quando é touro é um meio fecundo/Em cada semente plantada um sorriso de gratidão/Quando é touro é um meio fecundo/Em cada semente plantada um sorriso de gratidão/Haja bom tempo ou não.

Aos Filhos de Gêmeos (Oswaldo Montenegro)
Curioso, dispersivo/Você sempre tem algo a dizer/Signo dos opostos/Signo dos vizinhos/Gêmeos há de ser:/Cada planeta, cada riso/Em cada esquina que houver/Cada extremo reunido/Cada homem gêmeo da mulher/Gêmeos como a luz do dia/É vizinha do anoitecer/Gêmeos chuva, e quem diria/O sol que brilhará/Dor e prazer/Cada planeta, cada riso/Em cada esquina que houver/Cada extremo reunido/Cada homem gêmeo da mulher.

Aos Filhos de Câncer (Oswaldo Montenegro)
Caranguejo, signo da última estação/Do segundo lugar do primeiro desejo/Que não há/Como dissimulando se esconder no porão/Caranguejo da canceriana solidão de horizontalizar/Do canteiro de beijos que não dá/Como dissimulando se esconder no porão do ser/Caranguejo cada vez que a gente se encontrar no cio/Pode ser que não, mas eu quase adivinho/Que no coração alguém vai batucar/Caranguejo signo de quem só me chama de filho/E do meu coração, e do Gilberto Gil/Caetano é leão e sempre vai reinar (pois é)/Caranguejo símbolo da réplica fusão/Do que não caberá/Mas no primeiro ensejo brilhará/Como volatizando se ascender um balão/Caranguejo símbolo da réplica fusão/Do que não caberá/Mas no primeiro ensejo brilhará/Como volatizando se ascender um balão/Pro céu.

Aos Filhos de Leão (Oswaldo Montenegro)
Cada diamante ama o sândalo e o cravo/Ama o ouro, e alaranjado/O globo azul rodeia o sol/Cada diamante imita a mágica/Das tropicais florestas/Onde reina o leão, Deus dos animais/Cada brilho seu reflete o coração dourado/O fogo, o poder, a vitalidade, o pai/Cada raio seu forma uma rua/Que vai dar na luz da lua/Doces caminhos astrais.

Aos Filhos de Virgem (Oswaldo Montenegro)
Virgem como a natureza do desconhecido/Virgem como quem se muda e como quem virá/Virgem como a fruta esperando a tal mordida/Virgem como o garoto que espera atento a hora do jantar/Virgem como a nuvem que ainda não choveu e o guia/E como é virgem toda noite enquanto o dia não pintar/Virgem como a tela branca da pintora linda ainda é virgem/Como a lua antes do sol iluminar/Virgem como o olho de quem não dormiu e o guia/Virgem como a planta do pé de quem não andar/Virgem como o pássaro desvirginou o dia/Quando desenhou no céu o mapa de onde o sol pode brilhar/Virgem como a música do cantor que era mudo/E como o passarinho é virgem quando não puder voar/Virgem como a bailarina sem coreografia/E como a pérola azulada que ainda não saiu do mar.

Aos Filhos de Libra (Oswaldo Montenegro)
Era de libra como a lua vista assim é de cor de sal/Era de libra como a luz das sete estrelas/Forma algum sinal/Era de libra quando dá um passo atrás/Pra caminhar legal/Era a balança universal/Era harmonia como o ritmo da vida e o carnavalera de libra como a brisa quando passa/E ondula o trigal/Mas tinha medo de saber que o jogo da verdade/Era fatal/Era a balança universal/Era de libra e amava a paz e a justiça natural/Era de libra pra poder unir a idéiaAo seu material/O simbolismo da figura da mulher/Paixão arterial/Era a balança universal/Era de libra como a valsa, o antigo Egito e afinal/Era de libra e tem a crença da beleza/E do encanto geral/A natureza da firmeza e oscilação/A simpatia e tal/Era a balança universal.

Aos Filhos de Escorpião (Oswaldo Montenegro)
É o reino da força/Vermelho é a cor do teu coração/Ferro em brasa na casa da morte/É o escorpião/A força criadora que habita o mundo/O animal da auto-regeneração/O homem que renova, signo fecundo/O fim planta o início/É a transmutação/Cabala do grande sinal/Cabala da força do ....

Aos Filhos de Sagitário (Oswaldo Montenegro)
Era claro e sábio/Era manso, metade animal/E livre como ancião/Que já não teme o final/E eu amava, amava/Adormecia com gosto de sal na boca/E amava assim/Com a devoção natural/Dos deuses, dos animais/Ah! quanto tempo atrás/Ah! quantas noites passei/A galopar em você/Doce centauro, amo você/Doce centauro ...

Aos Filhos de Capricórnio (Oswaldo Montenegro)
Madrepérola de cor/A teimosia tá no ar/Signo da terra, da percussão/A dúvida não tem lugar/Signo de capricórnio, ser/Como se fosse escalar/A montanha negra do dia a dia/Não saberia sonhar/Signo da segurança total/Signo da persistência, e afinal/Na versão mais infinita do ser/Capricórnio inda precisa aprender/Que da estranha forma do caracol/Foi que se inventou a clave de sol/Simbolismo do prazer/Tudo mágica ser.

Aos Filhos de Aquário (Oswaldo Montenegro)
Brilho do signo do novo/Do futuro - aquário/Silfos da magia - ar virão/Serpentina da revolução/Brilho do signo do novo/Do futuro - aquário.

Aos Filhos de Peixes (Oswaldo Montenegro)
É peixe quando pula e descortina/A clara possibilidade de mudar de opinião/É peixe quando sem ligar a seta muda o rumo/Inverte a coisa, embola o pensamento e então .../É peixe quando o germe da loucura/Se transforma em claridade e anda pela contramão/É peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas/Sem nenhuma embarcação/É peixe quando salta o precipício da responsabilidade/E tem uma queda pra ilusão/É peixe quando anda contra o vento, desafia o sofrimento/E carrega o mundo com a mão/É peixe quando a luz do misticismo/Se transforma na procura do princípio e da razão/É peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas/Sem nenhuma embarcação.

1 comment:

Bárbara Anaissi said...

caramba, rê, que memória! adorei lembrar essa. bons tempos... adorei a renata de beauvoir tb. bjs