Eu comecei a fazer análise em 1998 depois de uma ultrassonografia transvaginal. Pode parecer estranho mas é verdade. Fazer o exame me deixou tão descontrolada que eu resolvi procurar ajuda médica. Conheci meu primeiro joelhaçoterapeuta através de um grande e amado amigo, padrinho do meu filho, mas um sujeito completamente maluco. O meu primeiro joelhaço não era um “freudiano” ortodoxo. Os joelhaços não devem dar opiniões na vida de seus pacientes, na verdade eles deveriam somente fomentar a reflexão. No meu caso, foram cinco anos de joelhadas nos bagos, e eu nem tenho bagos. Eu saía das consultas com tantos deveres de casa, e coisas tão complexas pra resolver, que tinha medo de voltar na semana seguinte. Mas foi um período positivo. Eu consegui controlar o meu pânico de médico a ponto de engravidar e ter meu Pequeno Príncipe. No meio da gravidez resolvi me dar alta pela primeira vez. Esse foi um processo muito doloroso para o meu joelhaço que não conseguiu lidar bem com a ruptura. Depois do nascimento do meu filho, quando ele já estava com dois anos, um evento específico me fez procurar o joelhaço novamente. A princípio eu queria uma conversa, mas a conversa se tornou um ano de joelhaçoterapia. As joelhadas desgastavam muito a nossa relação, e eu resolvi romper definitivamente com ele.
No final do ano passado dei uma nova chance à joelhaçoterapia, mas com outro terapeuta. Esse sim um “freudiano” convicto de primeira. Difícil tirar opiniões dele. Eu tenho que perguntar na lata. O que você acha disso? O que você faria no meu lugar? É curioso como eu tento vender a imagem de mulher maravilha, mas na verdade sou uma mulherzinha de nada que fica buscando apoio para todas as minhas decisões. Depois de quase dez anos de análise eu tenho certeza que evoluí muito, trabalhei meu passado, amadureci. Talvez os “problemas” que eu leve pro meu joelhaço não sejam exatamente problemas, sejam as angústias que um ser humano qualquer vive nesse mundo maluco de hoje. Ele quer que eu reflita sobra as minhas faltas. Minha avó levantou a questão que eu acho que ele gostaria de levantar. Será que ainda é preciso? Até quando é preciso? Talvez nunca, talvez a vida toda.
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2 comments:
vc é doida!!! mas eu gosto!!!
vc não é doida, doido é o seu joelhaçoterapeuta!!! não quero mais saber dele!!! bj
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