Wednesday, August 8, 2007

Minha participação no Pan Americano

E aí nós fomos pra final do vôlei feminino. Brasil x Cuba. “Sou brasileira com muito orgulho, com muito amor” na ponta da língua. Vários nomes feios na ponta da língua. Pequeno Príncipe me olhava feio. Parei tudo e no meio da gritaria do Maracanazinho eu expliquei que em estádio aquelas palavras eram permitidas. Ah tá, entendi, mas o que é estádio? Outra explicação. Achei que o jogo fosse ser rápido. De férias eu fico a mais otimista das criaturas. Achei que iam ser 3 sets na Cubanas. Como era mesmo o nome daquela jogadora insuportável. Mirella? Miréia? Não lembro.

Foram 5 sets. De um lado minha mãe olhando pras arquibancadas. Ela não tinha mais coração pra olhar pro jogo. A minha família leva essas coisas muito a sério. Do outro meu Pequeno Príncipe entediado. Ele só tem 4 anos. Mãe quando é que acaba. Acaba quando naquele placar marcarem 25. Ah tá. Só que no quarto set ficou 25 x 24, e as duas seleções ficaram disputando ponto a ponto. Quando estava 30 x 29 meu Pequeno Príncipe bradou. Mãe você mentiu. Você falou que acabava em 25 e já está em 30. Vamos pra casa agora ver desenho, esse Pan Americano está me chateando. Explicar as regras naquela altura do campeonato. O jogo acabou, nós perdemos. Eu e minha mãe, rainhas do “fair play” vaiamos as Cubanas como se cada uma delas fosse um integrante do atual governo federal.

Eu adorei o Pan. Fiquei me imaginando na pele da mãe do Thiago Pereira. É muito orgulho. Essas semanas aumentaram a auto-estima da cidade, dos cariocas. A cidade pareceu ainda mais bonita. Fizemos uma segunda tentativa de incluir nosso pequeno no espírito esportivo que pairava sobre o Rio. Levamos ele ao Maracanã para ver o encerramento dos jogos. Ganhamos 2 convites VIP´s da minha amiga amada idolatrada e VIP. O encerramento não foi lá essas coisas, e tava um frio de “lascar os canos”, mas o resumo da ópera foi ótimo. Pequeno adorou o Maracanã, fato que deixou o pai dele felicíssimo, imaginando no futuro próximo os jogos do Fluminense que eles irão assistir juntos daquela arquibancada. Eu também vou.

1 comment:

Bárbara Anaissi said...

Somos as duas pessoas raras, Rê. Ou, pelo menos, encaramos e cultivamos amizade de uma forma rara. Por isso somos tão próximas apesar de termos ficado algum tempo longe. Por isso podemos fazer os planos que estamos fazendo.
Escreve mais, tá? Só estes dois textos novos não matam a saudade dos seus leitores. Bjs